sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

DIAGNÓSTICO DA IGREJA BRASILEIRA

As pessoas estão confusas quanto à religião que seguem. Elas buscam uma igreja, ou qualquer instituição religiosa, que lhes satisfaçam o ego. São poucos os que realmente buscam a Deus pelo que Ele é. Como resultado disso há grande confusão nos brasileiros a respeito de suas crenças. Recentemente, a revista “ISTO É”, na edição de 24 de agosto de 2011 , publicou “O novo retrato da FÉ no Brasil”, onde relatam pesquisas que indicam mudanças na religiosidade brasileira. Veja alguns dados:
• Aumenta a migração entre as diversas religiões: elas mudam de igreja como mudam de camisa. Os motivos são variados: briga om alguém, insatisfação com a liderança, frustração pelas falsas promessas. 37,4% são pessoas que completaram o ensino superior; 52,2% são pessoas divorciadas e 58,9% formam a migração do catolicismo para as igrejas pentecostais (AD, IURD e outras); o mais assustador é que entre os pesquisados 35% dos “pais de santo”, tinham sido evangélicos pentecostais. Disse um deles que muito do que presenciava na Igreja Universal encontrou na umbanda. Um fator interessante é que ex-pentecostais têm se membrado à igrejas protestantes históricas ou tradicionais (Batista, Metodista, Presbiteriana e outras). Elas se frustram lá e vêm para cá;
• O Islã ganha adeptos: a pesquisa também revelou que o número de adoradores de Alá aumentou, só no Rio, 85% e no Brasil todo a conversão de brasileiros ao islamismo cresceu 25%. Eles saem do catolicismo, dos “sem igrejas” e dos pentecostais; o que mais influenciou este aumento? A novela global “O Clone”.
• Cresce o número de evangélicos que não frequentam nenhuma igreja: esta é a mais nova e terrível realidade expressada na pesquisa. Essas pessoas acham que podem servir a Deus sem servir aos outros. Enganam-se pensando que podem adorar a Deus sem participar de uma igreja, apenas se reunindo de vez em quando. O numero de evangélicos que não se tornam membros de uma igreja como instituição é aproximado de 4 milhões de pessoas; essas pessoas que aumentam este número não querem seguir a cartilha de uma denominação. Não querem seguir orientação espiritual de seus líderes e preferem andar como bem querem. Essas pessoas se afadigaram das regrinhas da igreja e querem uma vida livre dessas coisas. Só vão à igreja quando precisam, quando não estão fazendo nada. Isso é trágico! Fujamos disso!
A revista expôs um gráfico:
2003 | 2009
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Evangélicos sem vínculo 0,7% | 2,9%
Evangélicos de missão(*) 5,2% | 4,5%
Evangélicos pentecostais(**) 12% | 13%
Católicos 74% | 68%
Espíritas Kardecistas 1,4% | 1,6%
Sem religião 5,1% | 6,7%
Outras religiões 1,9% | 3,1%

(*) Luteranos, batistas, adventistas, metodistas e outros;
(**) Assembleia de Deus, Universal do Reino de Deus, Congregação Cristã do Brasil e outros – Fonte: Pesquisa de Orçamentos Familiares, do IBGE, e “Folha de S. Paulo”.

DESTACO QUATRO OBSERVAÇÕES:

A primeira observação é que o número de Católicos ainda é muito grande (68%, isso corresponde a mais de 130 milhões de pessoas).
Em segundo lugar, é destacável que entre os pentecostais eles incluem não só os assembleianos, o que seria correto, mas também a IURD e a Congregação Cristã do Brasil que consideramos seitas.
Algo também digno de menção é o grande número de pessoas “sem religião” . A quantidade é enorme e maior que todos os “evangélicos de missão” e “outras religiões” juntos.
A última ressalva é que os 4,5% de evangélicos considerados “de missão” são contados juntamente com seitas como os adventistas e igrejas que têm saído totalmente dos princípios bíblicos e éticos como os luteranos.
A boa notícia nisso tudo é a informação de que as igrejas históricas (tradicionais) tiveram um percentual de crescimento maior que as outras. Talvez, devido às pessoas do pentecostalismo e Neopentecostalismo saírem frustradas de suas denominações e buscarem um avanço na vida ética, moral e santidade genuína. Cabe-nos o papel de permanecermos fieis à Palavra e cumprirmos a ordem apostólica: “Prega a Palavra” (2Tm 4.2)
Pr. João Duarte
Soli Deo Glória